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Dia da Consciência Negra: VANG FM recebe o Coordenador Acadêmico da FABE Vitor Paulo Machado

Em celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra, o programa Espaço Livre, da Rádio Vang FM, promoveu um debate especial sobre a importância da data. A edição do dia 21 de novembro e contou com a participação do Coordenador Acadêmico da FABE, professor Vitor Paulo Machado, que trouxe reflexões relevantes para a comunidade marauense e regional.

Durante sua fala, o professor destacou que o 20 de novembro deve ser compreendido muito além da celebração. Segundo ele, a data representa um chamado à reflexão sobre a posição do povo negro na sociedade brasileira. “O 20 de novembro não é um dia para ‘dar parabéns’. É um dia para pensar, para refletir sobre a posição do negro na sociedade brasileira. A data impulsiona uma reflexão sobre a dívida histórica que o Brasil tem com a população afrodescendente”, afirmou.

Ao tratar da figura de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, Vitor ressaltou sua importância histórica e simbólica. Para ele, Zumbi deve ser lembrado como a personificação de um projeto de soberania e resistência à opressão. “Zumbi dos Palmares é a encarnação de um projeto de nação que não deu certo, mas que foi extremamente importante no processo de luta contra a escravidão. Palmares representou resistência e independência diante de um regime de opressão”, destacou.

O professor também enfatizou o papel fundamental das leis federais 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas. Ele apontou que esse arcabouço legal é essencial para promover mudanças estruturais na sociedade. “Essa lei é fundamental porque ela reeduca a sociedade brasileira. É um processo de reeducação para acabar com o racismo e com o mito da democracia racial. A inclusão dessa história no currículo é vital para valorizar a contribuição da população negra em todas as esferas”, afirmou.

Vitor reforçou ainda que a ideia de uma “democracia racial” no país não condiz com a realidade, e que combater o preconceito exige ações contínuas. “O racismo no Brasil é estrutural, e nós temos que combatê-lo todos os dias”, destacou. Para ele, a desigualdade social e racial exige luta diária por justiça e equidade, sendo o 20 de novembro um lembrete e impulso para avanços nesse caminho.

As reflexões apresentadas contribuem para que a data siga sendo um espaço de aprendizado, memória e fortalecimento das discussões sobre igualdade e respeito na sociedade brasileira.

Acesse a entrevista completa no canal da Vang FM no YouTube.